Postagens

Mostrando postagens de 2018

A paz que o mundo não dá

Imagem
Hoje vou partilhar um pouco sobre a minha vida de oração. Acredito que estamos neste mundo passando por muitas labutas em comum e, quem sabe, esta partilha possa ajudar você a saber que não está sozinho nessa. Tenho passado por inúmeros desafios, desde a inconstância na vida de oração até os improváveis desafios que chegam por se ter uma vida de oração constante. Antes eu acreditava que passava por batalhas e aflições na vida pessoal e espiritual principalmente quando abandonava as minhas orações e, por medo destas batalhas e no intuito de amenizá-las ou preveni-las, tenho intensificado minhas orações nas últimas semanas, com a graça de Deus, sendo razoavelmente constante. E para minha surpresa aconteceram coisas que eu não previa nem esperava, desafios grandes, tribulações, inquietações, dúvidas, medos e talvez um dos maiores entraves que já me foi apresentado até hoje em minha vida. Isso mexeu muito comigo, pois achei que sendo constante nas orações e práticas sacramentais estar

Meu partido é o Amor

Imagem
Apesar de não entender quase nada de política, senti vontade de partilhar com vocês algumas inspirações do Senhor sobre este tempo de eleições que estamos vivenciando. Tão difícil, não é? Mas confesso que não tenho pensado tanto na política em si, mas na intensa guerra espiritual que estamos vivenciando por trás dela, pois não é a política que nos divide, é aquilo que nasce de nossos corações. Por exemplo, nenhum partido teria potencial de causar guerra entre nós se fôssemos unidos pelo amor. Estive pensando nessa energia potente e em como Deus - o próprio Amor em pessoa - se deixa ser sentido e manifestado de tantas maneiras tão simplórias. Como é forte o amor, mais forte que a morte, maior do que tudo. O universo fica tão pequenino diante da força dele! Ah, se pudesse ser mensurado como se medem as correntes elétricas, a força e velocidade dos ventos e das águas, mas não pode ser mensurado cientificamente.E não é porque é um sentimento, pois é uma força real e tangível. Mas, por e

Meu zeloso guardador

Imagem
Dia 2 de outubro é o dia do anjo da nossa guarda.Decidi falar um pouco do meu relacionamento com meu santo anjo neste blog para incentivá-los a tecerem com os seus um relacionamento ainda mais íntimo. Desde criança ouço meu pai falando sobre o anjo dele como alguém muito próximo, como um amigo e sempre me incitando a também “usar” muito meu anjo. E guardei isto em meu coração como algo que faz parte da minha vida.Nunca fui de falar largamente com meu anjo, mas as poucas vezes que havia experimentado, não saí frustrada. Meu anjo sempre se mostrou muito leal e muito companheiro. Devem estar se perguntando como sei disso, se eu o via e vejo ou coisas assim. Na verdade, eu não sei explicar como sei que ele está presente e como sei que ele me protege e consola. Apenas essa certeza nasce em meu coração e toma forma, numa convicção simples e natural, como se fizesse parte do meu dia-a-dia. Aliás, não é assim que nos relacionamos com Deus? Falamos com Ele e sentimos sua presença de Pai a

Doce calúnia

Imagem
Aquele que se diz verdadeiro seguidor de Cristo aprecia toda ocasião de calúnia e se delicia deste manjar divino dado a ele de bandeja, considerando uma honra ser caluniado, perseguido e que se digam contra ele toda espécie de mal, pois acima da dor de ser caluniado está o olhar do Todo Poderoso que o enxerga bem aventurado . E o que esperar das aventuranças prometidas por Ele, senão as mais sublimes recompensas? Ó, doce calúnia, feliz instrumento providenciado por Deus! Este cilício espiritual de que desejo vestir-me para ser mais tarde usado como molde de minhas vestes do céu, vestes de santidade que são tecidas cuidadosamente pelas mãos do Senhor e da Santíssima Virgem. Bendigo este Deus que me presenteia com sua intrigante amizade , que tantas vezes me submete a pequenos martírios – as alfinetadas de que Teresinha tanto falava - que me violentam o coração e me levam a subir pequenos degraus da escada para o céu. Este amigo "inconveniente" que muitas vezes puxa o

Noite escura da fé

Imagem
-Ler João 21,1-14- Neste Evangelho, podemos nos permitir algumas reflexões.Primeiro, Pedro toma a decisão de ir pescar sozinho, atitude que encoraja os outros, que o acompanham. O que Jesus tinha preparado para o fim daquela noite era para todos, mas precisava que vissem o movimento de apenas um para também se movimentarem. Muitas vezes estamos desanimados, sem esperança, tantas perguntas sem resposta, tantos medos e inseguranças e precisamos nos levantar e fazer algo que realmente gere frutos. Temos que continuar a caminhada, pois a vida continua. Neste movimento, Pedro seguiu acompanhado dos outros discípulos de Jesus. Mal imaginavam que a noite seria ainda mais silenciosa do que aquele mistério todo que viviam. Uma noite sem movimento, o mar que parecia estar morto, totalmente diferente de quando Deus o criara, com tantos animais pululando as águas ( Cf. Gn 1,20). Tantas vezes nossa vida está exatamente assim. Parece que nada muda, que tudo está parado e só você existin

Deus me fez mulher

Imagem
Mulheres, gostaria de hoje escrever a vocês algumas palavras que creio ser vontade de Deus que vocês leiam. Não me acho capacitada para falar qualquer coisa a vocês, logo não me considero um grande exemplo de mulher como Maria ou mesmo Ester, mas uma filha de Deus muito miserável que deseja ardentemente contrair da parte de Deus quaisquer atributos das grandes mulheres virtuosas que Ele nos deu como exemplo nas sagradas escrituras. Gostaria de encorajá-las, em primeira mão, a também buscarem a graça de assemelharem-se a qualquer coisa destas mulheres, ainda que seja a simples vontade de serem santas. Não conseguiremos sozinhas, mas é exatamente para isso que existe a graça de Deus que está pronta a ser derramada, mas precisa encontrar um receptáculo vazio e aberto que a comporte: nossos corações, que precisam ser esvaziados dos conceitos impostos ao longo do tempo que deturparam todo o real sentido de nós mulheres termos sido criadas por Deus e o imensurável valor que nós temos

A Deus o que é de Deus

Imagem
-Ler João 8, 21-30 - A cegueira dos olhos e a dureza do coração do homem o impede de ver Deus como Ele é. Até mesmo isso é permissão dEle para que, por sua graça, sejamos convertidos e curados ( Cf. Jo 12,39-40). Em tudo dependemos de Deus. Ele que se encarrega de nos dar um coração de carne, quando em nosso peito reside um coração de pedra, para que saibamos que somente Ele pode vivificar, pulsar e nos ensinar a amar ( Cf. Ez 36,26). Com sua vinda, Jesus vem vencer a dureza de nossos corações e a cegueira dos nossos olhos, quando nos convida a enxergar sua divindade e o motivo de Ele ostentá-la com sua vinda ao mundo. Jesus, que é Deus, não veio ao mundo por não ter outra coisa para fazer no céu ou para ostentar sua divindade por vaidade , mas para que esta divindade, manifestada na forma de homem, pudesse elevar o homem daqui para o alto. Por isso que Jesus insistia em dizer dezenas de vezes que é o caminho, a luz, e que Ele só faz o que o Pai manda - tudo isto com

O poder da decisão

Imagem
-Ler João 5,1-16- Neste evangelho, conseguimos enxergar vários detalhes que parecem dizer algo além do que está escrito. Às vezes, Jesus pede que procuremos nas entrelinhas a imensidão de coisas que um Deus, a própria Sabedoria, sabe e pensa de nós e do mundo que Ele criou. Hoje gostaria de convidá-los a observar nas entrelinhas o evangelho de João. Numa certa ocasião, Jesus subiu a Jerusalém quando ia ter uma festa dos judeus. Muito provavelmente, Ele já sabia exatamente o objetivo daquele seu deslocamento. Ele foi determinado a curar um homem que estava doente há 38 anos, deitado numa cama à beira de um tanque que continha uma água parada que de nada servia, mas que de tempos em tempos vinha um Anjo do Senho r e movimentava aquela água e depois desse movimento, o primeiro que a tocava era curado de toda doença. A água só cumpria o papel de cura quando a ajuda da intervenção divina vinha movimentá-la, gerando nela vida para, então, ela poder cumprir seu papel de purifi

Farisanos ou publiceus?

Imagem
-Ler Lucas 18,9-14- No evangelho de hoje, Jesus conta a parábola de dois homens que sobem ao templo para orar e mostra como Deus ouve a oração de cada um. Um ora de um jeito e outro ora de outro. Na verdade, existe em nós uma característica dúbia proveniente da essência divina da qual somos feitos e do pecado original que adquirimos, que ora briga e luta contra o pecado, ora reconhece a pequenez de que somos constituídos, onde a fragilidade nos acusa e nos faz correr para Deus, com a cabeça baixa sem querer mostrar o rosto desmascarado de um ser que foi feito à imagem e semelhança de seu Deus, mas encontra-se desfigurado pelo pecado. Dentro de nós existe o fariseu e o publicano. O fariseu, que se apresenta para Deus de peito inflado e cabeça erguida, autopromovendo-se para convencê-lo de seus méritos a partir de suas obras. Para ele, é muito mais fácil apresentar a Deus as obras daquilo que se faz pela carne do que o pecado contra o qual se luta pela graça, pois ele acha q

Você é livre

Imagem
-Leia Mateus 18, 21-35- No evangelho de hoje Jesus vem nos fazer refletir sobre o perdão, mais uma vez. Este tema que sempre vem bater a nossa porta, “incomodar” nossos ouvidos, pois a cada vez que escutamos a palavra “perdão” nos constrangemos porque temos uma pendência irresoluta com ele, seja a de perdoar ou a de nos sentir perdoados por si e ou pelos outros. Invariavelmente, tal tema é sempre lembrado com particular insistência porque precisamos dele para vivermos  livres e liberais . Sim, é preciso ser liberal com todos, inclusive consigo mesmo. Pois quando se é liberal, todas as vias do perdão se abrem e conseqüentemente os cárceres também, os que aprisionamos o outro e os que nos aprisionam. A liberdade interior depende de uma livre decisão em liberar o outro de toda e qualquer dependência do seu perdão para serem livres como quando Deus o criou, e isso sempre incluirá a nós mesmos. Somos aprisionados por nós mesmos sempre que nos impedimos a livre passagem da miseri

Felizes para sempre

Imagem
Sempre que me falam que não devemos dar tanto valor às coisas terrenas, nem nos dar aos prazeres e nem buscar tanto satisfazer nossos desejos, mas abandoná-los todos ao Senhor, me soa algo tão pesado! Olho para isso como algo humanamente impossível, o que, de fato, é. Humanamente impossível e divinamente possível. Deus é capaz de fazer tudo para nos levar para perto dEle e da realidade dEle, o Céu. E invade as nossas habilidades e capacidades com seus dons e as transcende ao possível, especialidade de Nosso Senhor. Se pudéssemos fazer tudo por conta própria e com nossas forças, Deus não faria tanta questão de intervir em nossas vidas. Mas Ele se inclina, se abaixa, se lança, se derrama, se empobrece, se mostra, chamando avidamente nossa atenção dia e noite para dizer que está conosco, que nada podemos fazer sem Ele e que Ele quer fazer tudo por nós, conosco e em nós. É muito atencioso da parte dEle, não? Sempre se mostra disponível e inteiramente entregue . Pensando niss

O Amor não é amado!

Imagem
Hoje venho nos submeter a uma reflexão sobre a passagem em que Jesus fala sobre o Juízo final (Mateus 25,31-46). Ele relata que nos separará uns dos outros, como o pastor separa ovelhas de cabritos. A uns, Ele fará o convite para irem entrando no Reino que seu Pai preparou para eles desde o início. A outros, condenará ao castigo eterno. Nos primeiros, se encaixam os filhos de Deus que serviram a Jesus na pessoa do irmão necessitado de tudo, seja de coisas materiais básicas, seja de suprimentos espirituais e morais. Nessa ocasião, Ele citou os doentes e presidiários exemplificando todos aqueles necessitados de amor, carinho e atenção e não de repúdio e julgamentos. E nesse quesito, penso que se encaixa perfeitamente aquele familiar ou amigo depressivo, o qual não enxerga o mundo com a cor que o mundo tem, não tem a alegria de acordar e viver um novo dia, nem mesmo a esperança de que as misericórdias do Senhor se renovam na vida dele a cada manhã ( Cf . Lm 3,22-23) dando-lhe a

A humildade santifica

Imagem
"Eu não sou santo!". Quem de nós nunca falou essa frase para justificar ao outro que não somos perfeitos, não é mesmo? No entanto, é por causa da essência divina que carregamos em nós que, na verdade, fomos feitos para sermos, sim, santos! Não para alcançar a meta de santidade em si, mas o Céu que nos espera, cujo caminho   é  a   santidade. Almejamos nos tornar a imagem e semelhança de Deus, desnudando-nos das velhas capas e vestindo-nos de santidade como que para combinarmos com o cenário do Céu. Ora, mas se Deus é todo humildade e almejamos ser não somente parecidos em alguns aspectos, mas semelhantes a Ele, como poderíamos, então, entrar no Reino dos Céus soberbos e vaidosos? Não seria incompatível e contraditório? O maior exemplo desta contradição é aquele que fora expulso da legião dos anjos de Deus e precipitado ao inferno por querer ser o próprio Deus e tomar as decisões em seu lugar. Então, definitivamente, a soberba e a vaidade não combinam com o céu, certo?

Bem vindo à casa do Pai

Imagem
Muitos de nós já vivemos uma verdadeira experiência com o amor de Deus, seja através de um Seminário de Vida no Espírito Santo ou de tantas outras formas que o Senhor se utilizou para nos tocar com seu amor. Contudo, após este verdadeiro divisor de águas, esquecemos de persistir na busca da intimidade com Deus, que naturalmente vai nos sublimando em seus desígnios. Vamos seguindo numa mornidão, deixando ouvidos e olhos tapados para a voz do Senhor que clama pela completa realização pessoal e divina de sua santa vontade em nós, a fim de nos tornarmos aqueles filhos e filhas que foram cuidadosamente projetados por suas mãos. Esperamos que Ele se contente com aquela experiência a que nós,os  felizardos , fomos submetidos e seguimos trilhando no hábito da vida velha. Ora, se esta experiência fora um divisor de águas, em qual dos lados nós ficamos? Nas águas paradas e apodrecidas do homem velho ou sendo continuamente lavados e santificados na água viva do Espírito Santo? Acostumamo

Testemunho: Ladrão arrependido

Imagem
Certo dia, pela manhã, eu resolvi acordar mais cedo – coisa que, para mim, é bem penosa – determinada a ir à missa das 7h num mosteiro próximo a minha casa. Naquele dia, eu estava particularmente inspirada a assistir àquela missa como se fosse a primeira grande experiência com a Santa Missa e a Eucaristia. Estacionei quase em frente ao mosteiro e desci do carro. Logo veio atravessando a rua, em minha direção, um homem mal vestido, todo sujo, andar meio cambaleante e falando enrolado. Ele dizia algo e fazia gestos de tom imperativo. Suspeitei que fosse um vigia de carros, avisando que ia vigiar meu carro. Porém, meu coração acelerou quando percebi que ele se aproximava e era mais enfático: “passa tudo que tiver aí, agora!!”. Compreendi que, de fato, era um assalto. Ele falava com dificuldade e exalava um terrível hálito de cachaça. Percebi que não estava consciente e não portava nenhum tipo de arma, e me aproveitei de sua suposta situação de fragilidade. Meu cora